SEM VOCÊ...

não vim aqui...
para falar de você...
sei que isso...
também posso esquecer...
sua mascara é sempre a mesma...
mas atrás de nossos
passos...
vivemos um novo velho erro...
mas´é tão fácil...
de ver...
e sentir...
que nunca...
servimos para nos amar...
e sei...que...
tanto tempo me evitei...
a dizer o que
sopra , ferve , acelera...
em meu puto coração...
que não é meu...
nem seu...
mas vou mais além...
além da sorte...
e do horizonte claro
de cada dia...
com a mesma presença constante...
avançando meus desejos
sobre a mesma dor...
a fim de viver...
e saborear novo tempos novos...
mas você não sabe o que
ainda faço aqui...
com suas máscaras de benevolências falsas...
e de tudo que odeio...
estou aqui...
a lhe esperar...
o momento certo...
a rasgar minhas palavras e verbos
e dizer adeus...
a tudo que não suporto mais...
pois meu amor,
se transformou em conveniência
de uma certa inoportunidade...
que me irrita saber...
e, eu sei...
que você foi apenas...
um erro comum...
e evitável...
na falsidade de todo cotidiano...
e, a sorte é uma alavanca
de quem procura
cousas na vida...
seu filho da puta...
vou embora...
por aí...
por aqui...
e para qualquer lugar
que me faca sentir...
alguma sinceridade mais fértil e amena...
e buscar em mim...
tudo o que você nunca
foi capaz de servir...
vou...
na intemperança ...
na inconstância...
na vontade mesmo...
de ir...
sem voltar...

ENCANTOS...

luzes e sombras
apagam minhas vontades...
de permanecer só...
pois tudo o que
é nítido...
é distante para mim...
eu nunca soube
descrever o que sinto...
apenas me entrego
ao que sinto...
profundamente sentindo...
o que estou a perceber...
eu sempre soube
que havia algum lugar
prometido de estar
a sois...
todas as noites,
em que me entrego
a um sonho bom...
tenho vontade...
de permanecer só...
bem longe daqui...
e perto de mim...
eu sei que nunca...
vou ouvir...
sua beleza me encantar,..
nunca mais...
luzes e sombras
permanecem brilhantes...
encanto...
magia...
alegria de um sorriso...
intocável de ser...
luzes e sombras...
dançam comigo...
sem perceber...
é apenas...
um aviso...
um sinal...
de que nada vai...
mudar...
mas, quando olho em seus...
lindos olhos verdes...
todas as noites...
sei que posso acreditar...
que nunca estou só...

MEU AMOR VAZIO...

que raiva eu tenho...
de mim...
por gostar tanto de você...
me sinto covarde...
incapaz de parar de seguir...
um rumo só...
sentir dor...
dor e dor...
e não conseguir parar...
de estancar minha própria dor...
viver em estado de dormência...
anestesiado sobre qualquer...
forma de viver...
forma de ser...
contemplando minha dor...
meu vazio...
minhas escapacões...
à deriva e à margem...
de toda solidão...
sinto raiva...
por ter me abandonado...
por estar feliz...
e não sentir...
felicidade e alegria
alguma...
carregando apenas...
uma dor constante...
em meu coração vadio...
solitário e triste...
sem conseguir sorrir...
e, à cada noite, em que
me deito sobre a escuridão...
digo adeus...
a mim mesmo...
à cada dia...
e, sei que sempre...
tudo será assim...
e serei incapaz de esquecer...
tudo o que está ...
fora de controle...
dançando em um vazio...
vivendo sem perceber...
que o que eu amo...
é apenas uma dor...
que não sei...
esquecer...
nunca mais...

SUA MÁSCARA...

tudo o que você pode
me dizer é insano...
não existe palavra
concreta conosco...
não exite em perceber
que um dia nosso
amor saí por aí...
foi se embora...
num rumo de desvio concreto..
sem voltar...
eu andei sobrevoando
certos erros meus...
mas percebi
que nunca houve erros em mim...
e, que tudo que
era errado fora parte
de alguma
certeza convicta...
e...tudo que há
em você é insano...
sua mascara de falsas
sinceridade...
é tudo o que quero..
esquecer...
e dizer que,
quem te amou
te deixou...
na curva dos
seus lindos olhos verdes...
eu posso ver...
seus rosto..
ansiando sorte e desprendimento...
vontade de viver...
e se entregar ao paraíso...
mas nunca vai entender...
que sua insanidade...
me fez saborear
outros ventos
selvagens e divertidos
mas agora
estou separando cada palavra...
para percorrer um caminho melhor...
pois quem não te ama...
sou eu...
e você...
vai entender...
ou me esquecer...
como sempre...

NÃO FALE MAIS PRA MIM...

a dor...
é o preenchimento do vazio...
ausência de nós
na vida...
a dor querida...
e sentida...
ferida esquecida...
e rompida...
tardes claras...
nuvens de neon...
passagem secreta
rumo ao nosso abismo...
paraíso intacto e complacente...
na perturbação constante...
no ardor do peito...
brandura...
clara e escura...
você foi embora...
nessa vida sem hora...
atmosfera voraz...
que nos faz sentir...
eu preciso de algum
detalhe livre
de mim...
algo que não sei encontrar...
nas feridas...
nas dores constante da vida...
que me fazem entregar
a qualquer rumo qualquer...
a qualquer respiração...
em busca de uma certa
inspiração abstrata...
em que você,
poderia me deixar agora...
me deixando eu me deixo...
estar...
pois quem muito se explica,
muito se complica...
por uma incerta
razão de paz...
seus olhos são meu frenesi...
sedução que me faz...
cantar...
algum sabor afável no paladar...
mas a sinceridade...
é meu lema...
a sinceridade é um prolema...
nesse mundo cruel e dissimulado...
mas eu sei...
que a dor é a presença,
que me faz confortar...
o que não tem explicação
acho que me perdi...
sem querer deixar...
...

VENDAVAl....

vendi meu amor ...
para facilitar meus erros...
vendi a esperança em meu coração...
na demasiada espera ...
por um fim...
vendi a solidão...
que sufocava em minha
garganta selvagem...
vendi a luz...
que incendiava minha dor...
e, que abreviava dias desses...
vendi meus papéis...
descartáveis e em branco
vendi meu sorriso...
sinceridade entre nós...
vendi minhas roupas...
e comprei apenas...
um cigarro...
comprei uma  bebida barata
para festejar...
a ilusão...
frente ao pôr do sol...
vendi você...
vendi tudo...
e me vendei,,,
velado estou a prosseguir meus passos...
nada, absolutamente, nada...
será capaz de comprar...
meus ínfimos sentimentos sós...
inúmeras vezes,
me perdi no deserto
fronte ao abismo,
em que me recriei...
pois que, de nada,  não quero nada...
não pertenço à sorte,
a me fazer sorrir...
nem a ventura a me fazer creditar...
qualquer embaraço...
a curva do destino...
é meu desenho na manhã...
em que acordo perto de mim...
e distante de todos os detalhes...
e, sei que tudo...
sim, exatamente , tudo...
está à venda...
na cidade dos perdidos...
e enlouquecidos por uma
tal nobreza insensata de ser...
futilmente ,cruel e covarde...
vendo...
venda...
vendar...
velar...
vendaval...
sem prelúdio...
incensante...
inconstante...
derradeiro desprendimento...
em mim...
e em qualquer lugar..
onde nunca existiu nenhum
apresso nem amor...
e, ninguém...
em nome de qualquer palavra...
soltos pelo ar...
final sem final...
relax...
me esquece...

Conotações...

estou construindo meu papel...
meu papel...
meu papel...
papéis...
jornais...
cartas...
revistas...
recortes...
anotações...
cousas estão à vista...
à vista...
em qualquer face...
encontro um espaço...
em branco...
demarcações...
propaga-se ...
uma notícia...
horizonte...
caminhos abertos...
direções...
estou começando a perceber...
esqueço o que merece
ser esquecido...
e escrevo...
lembrando ou,
perdendo a intenção...
medida...
cada tempo...
é uma fracão de nós...
de nó...
denotações...
estou construindo...
um papel...
um labirinto...
um papel que,
começa a ser lido...
será que você vai...
lembrar de mim...
diante de tantos
papéis escritos...
faces...
rostos...
semblantes...
semelhantes...
memória...
trajetória...
e, assim,
ao acaso de qualquer
forma de pretensão exposta...
um novo papel...
está na multidão...
de tantos olhares
e detalhes...
um papel me resta
a escrever..
para você...
olhar e...
perceber...
que somos um papel em branco,..

eu me entreguei de novo...

eu me acostumei
com minha própria
solidão...
ausência de mim
lembranças que
se vão...
eu vou...então...
para te encontrar...
novamente...
em qualquer lugar...
vou em vão...
tentar esconder...
poder e não ter...
palavras não ditas...
águas no oceano...
fazendo a ilusão refletir...
profundo em nós...
tarde clara...
nuvens de verão...
memória tardia...
eu me acostumei a esquecer...
de te querer e não ter...
de viver...
a falar e não ver...
ao pensar em você...
meu penar...
meu sofrer...
cousas passageiras...
recordações...
visto seu nome...
por onde for...
a te fazer sentir...
em mim...
eu sei e não espero...
mas fui tão sincero...
que o coração se partiu...
você sumiu...
eu me feri...
eu me ferrei...
um dia a menos...
um dia ameno...
temperança fugaz
nos bracos que me fizeram
acordar em ti...
sou seu lado divino...
sou sua alma...
que transcende luz...

É...

você ama,
enlouquece, ensurdece...
tenta desesperadamente amar...
se entregar...
mas não consegue...
esquece...
declama, proclama...
um amor às alturas...
aventura...
rua escura...
mas se esquece que
na vida não pode ser...
é, mas não é...
e assim,
os dias parecem intactos...
compactos...
para quem tem sentimentos...
no coração...confusão...
mas, não...
você atravessa as ruas...
à procura...
na minha...
na sua...
na lua...
na contramão...
sem perdão...
vai por aí...dizendo...
gritando, errando...
berrando...caçando...
tentando...
em desvario vital...
falando a todos...
que o amor e a linguagem dos absurdos...
é a voz dos insensatos corações...
coragem dos ímpios...
você diz...
diz tantas cousas levianas...
em sua forma profana...
porém agora...
tudo é cedo...
e tão tarde demais...
vive a contradição...
do ser e se desviar...
medo pueril de tentar...
amar...
colar...
na sonoridade do silêncio...
da vivencia de sua inocência...
desnorteado pelo destino...
a pensar que o mundo...
é um canto livre...
onde possa soltar seu pranto...
e em tudo em nós...
se fora a sois...
mas ó...
olha a vida que exalta...
olha a rua, a calada da noite...
em seus caminhos...
a estrada...
olha o sol...a luz...
olha a noite...a boemia ...
alegria, a nostalgia...
olha o encanto, a magia...
olha a sedução, o frenesi...
olha o espaço sem tempo...
o contratempo, a distancia...
as crenças, a esperança...
e perceba...
que apenas tudo...
sempre e, ainda que...
é cedo...dia dia...
para você chegar e surgir...
e invadir cada espaço...
cada registro entre nós...
entre a distancia que separa a saudade...
da alegria...
o amor e o desejo
que o amor seja maior loucura
viva em em nós...
é a vida...
é...