segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Cronologia


Você não sabe,
não vê,
que o tempo é a ilusão do destino e,
que tudo passa, passa , passa...

Nas armadilhas das mãos,
vemos nosso corpo suado e
a aridez dos olhos,
são capas de veludo...
assim como tudo o que muda,
transforma,
precisamos mesmo é rejuvenescer...

Me despertei ao vazio,
no calor inebriado do vento,
me puxando contra o tempo,
a pensar...

Quem sou eu?
Uma máquina,
que não pode contar...
uma armadilha a pisar...

Me sentindo pesado,
sobre o Sol solado,
vou me eu busca
ao sereno...
Seguindo meu prumo,
sem reclamar...

A imensidão do mar me faz capaz
de absorver o sangue tinto,
que corre às veias e ressalta.

Todos a todos
Meio faro,
meio simplório,
e me curvo ao meu velório,
sem saber se estou nu ou recoberto,
a devagar adiante...

Sigo a saber distante...
Não sou marionete do tempo,
sou prisioneiro da mente...

Intacto me cristalizo,
ao saber que tudo é uma conspiração...
Adeus, entao!


" as flores singelas, só elas, me curvaram em vão..."
Zédu11/01/10