terça-feira, 15 de dezembro de 2015

nem mesmo os dias irão saber...

palavras e promessas em vão...
sinceridade escondida...
na neblina e na escuridão...
não...você se foi sem me dizer perdão...
que tristeza...
melancolia pura...
eternidade de viver...
a um  passado que já paguei...
por um erro sem perceber...
meu amor, todo meu arrependimento...
voce já se esqueceu...
até dos dias felizes em que vivia contigo...
meu amor, você foi embora...
assim como o vento
que urge e que sopra...
chorando as lágrimas num abrigo sagrado...
que na chuva se proclamou...
não me fizeste de abrigo...
nem num pranto singelo
me fizeste nas preces
um motivo de consolação...
meu bem...
não há mais diferença
entre os erros e os acertos...
entre o certo e o errado...
entre o juizo e os desvarios...
que da juventude nossa sede...
secou...
meu bem...
ainda estou ferido...
no corpo e n´alma...
por tudo que me restou...
e meu coração sagrado...
ainda lhe resta um recado...
por viver anestesiado...
de paixão e de sentimentos...
de emoções conturbadas...
que sem paz vive...
e persiste em seguir...
entre alegrias e fantasias...
a infinita melancolia do mundo...
que o amor transforma em submundo...
que jamais me dirás se está bem...
vagando por qualquer lugar...
sem direção...
rumo à uma miragem no deserto...
escaldando no solado, os pés...
a força de apenas seguir...
pois sei...
que nunca haverá um fim...
para quem provou dos mistérios do amor...
meu bem....
meu amor...
meu pedacinho de céu...
meu divino anjo forte e profundo...
em qualquer lugar desse mundo...
a vida continua...
com seu ritmo acelerado...
como uma provação sagrada ou vazia...
nas melodias das tragédias arrependidas...
no orvalhar das auroras...
no despertar sem hora....
e nas batalhas de todas as eras...
na compreensão dos dias felizes...
ou até mesmo nos solitários e tristes...
que sopram canções a nos fazer sorrir...
sim...meu amor...
hoje, digo que vou...
não me importo mais...
já dediquei tempo demais...
ao acaso e a tudo o que me fez morrer...
para poder recomeçar...
mas eu lhe peço que não se esqueças...
de tudo o que já se há feito...
assim como todos os desatinos...
e se quiser me perdoe...
mas não me faça sorrir...
nem compreenda as lágrimas das venturas...
simples assim...
finalmente sim...
eu por mim...
e você sem mim...
como um destino de quem navega nas ilusões...