domingo, 17 de janeiro de 2016

frágeis limites...

conheço bem suas palavras...
conheço  bem o vazio...
dos dias desses...
pouco me importa
se vai me deixar...
beirando a solidão ou a amargura...
espero que me deixes...
não sei sonhar sem ti...
nem vou procurar o que precisas...
não há razão que me faça
despedir da solidão...
voce sabe falar com as mesmas palavras...
doces e amargas...
e mesmo assim...
a vida continua a brilhar....
conheço  bem o céu das venturas...
e o que se perpetua...
o amor é invisível aos nossos olhos...
que precisam de profundidade pra crer...
mas ao viver me esqueço...
por onde parei...
mas pouco me importa  querer...
já sei que o mar é um princípio
de coragem para quem
se aventura na sorte...
e um grande lamento...
para quem precisa seguir...
seus belos horizontes...
voce se foi ...
além de qualquer procura...
já não há mais tempo de lamentar...
sua partida...
mas que seja assim...
um  adeus nunca tem hora para chegar...
mas quando toca me o coração...
já não sei mais...
por onde ir...
já me parti ...por todos os pequenos pedaços de mim...
na esperança de poder fazer algo...
sobre o que já não se pode mais fazer...
eu conheço muito bem...
os caminhos diversos da vida...
os sabores e as faces ocultas
que um dia existiram...
aqui...
mas nada será igual...
e mais nada será tão importante...
que seus divinos olhos verdes...
que cobriam minha vida de luz e paz...
na ardencia inconstante da paixão...
refletindo tudo em nós...
e nos fazendo semelhança...
nos espelhos d´água...
construindo nossos sonhos...
nos castelos frágeis de areia...
para navegarmos...rumo ...
a eternidade do infinito...
conheço muito bem o que preciso...
mas pouco me importa saber...
voce partiu primeiro...
e meu coração já é frágil demais...
para acreditar...
sentir...
e dizer...
que preciso sorrir...