segunda-feira, 2 de maio de 2016

voltei para vida...

vou voltar a madrugada...
dizer a vida em qualquer calçada...
e debulhar minhas intenções...
sei que não há arrependimento...
quando se faz as cousas com o coração...
mas , não...
não tente me parar...
ou falar cousas que preciso saber...
sei que ao sentir o mundo...
posso até, lembrar de voce...
num dia comum...
banal, ou casual...
retrato humano...
sobre os espectros da vida...
sei que há sempre uma lembrança partida...
um certo ar de despedida...
ao voltar...
pela manhã...
onde o sol...
é feito da junção do amor
sobre as paixões terrenas e desavisadas...
frustração querida...
e abandonada...
ao relento da sorte,
seu esplendor...
mas não...
não quero dedicar a vida
a certos sonhos sem fim...
quero apenas me entregar...
e entregar os desejos que há em mim...
boemia...
voce me escolheu tão cedo...
desde o princípio dos velhos anos...
onde eu sei o que melhor viver...
volto as mesmas calçadas...
toda santa madrugada...
a beber os frutos das auroras estreladas sobre o céu...
afável ventura despreterida
na vontade precípua
de ser quem sou...
de ser como sou...
de ser, somente ser...
e ao que puder me permitir...
voltei a vida...
voltei...
assim me tens como eu quero...
sem escolhas...
sobre inúmeras intenções...
certo de que sou
bem mais feliz, assim...