domingo, 10 de abril de 2016

transmissões...

será que voce se lembra do meu rotso...
depois de tantos desgostos...
de tantas mudanças e,
lembranças...e transformações...
acho que não é normal...
nem por acaso banal...
tão conveniente em saber...
que nunca precisei de voce...
nas ruas, frias e escuras...
caminho sobre o deserto...
feliz e cantando...
as mesmas canções de adeus...
na luz da sombra...
que perturba seus pensamentos...
seus desejos e mãos...
construindo o universo...
com as próprias mãos...
não quero lhe falar de amor...
pois de amor não vivo...
nem sinto e preciso...
quero lhe olhar nos olhos...
e saborear suas angústias...
e desvendar seus medos pueris e levianos...
eu me encontrei...
nas calçadas, nas estradas...
nas beiradas...nas ruas...
da exatidão do fel...
que lhe cobre de prazer...
e sufoco...
eu quero esquecer das memórias,
as lembranças que já não servem mais...
pois de tanta dor que me causou...
voce não sabe o que suportei...
nos ombros e entre as pernas...
e simplesmente nada...
e o que voce é para mim...
não se traduz com sinceridade nítida...
pois hoje...
o céu está tão estrelado...
iliminado por deus no coração...
que não dá para se esconder
em lamentos...
é somente ser e estar...
a vida é um desafio de conquistas...
mas sei lá...
o oceano está cada vez mais...
inundado de sentimentos fertéis...
que a minha melhor intenção...
é me entregar...
nas profundezas...
ir e voltar...
e agora ...
estou nu e esplendido...
e acredito que voce
não vai compreender o quão é importante...
mas sei lá...
não importa mesmo...
a sorte é a luz de quem fica...