sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

DESTINO...

...Me deito no livro ...
no absurdo...
no verso que crio  
ao som do Meu ouvido...
ouvindo sons...
que detesto e odeio...
por um simples prazer...
em me ver enfurecer...
com garras ...
e armadilhas  expostas...
em minha pele....
na  escuridão...
dos dias ...
em que preciso ...
ser um servo...
em meus devaneios...
 e, encontrar...
minha presa ...
nos meus dentes...
finos e afiados...
estou exposto na  dor...
no Sol...
que ferve...
angustia  breve...
da  solidão... continua...
e, ainda assim...
os seres se dizem humanos....
mas insistem...
em  não apagar  seus próprios erros...
 e, não ajustar   ...
seus passos contínuos...
e marcantes...
em um perto só...
por isso...
ou tudo...
ou isso...
mais  nada...
é uma flor que  nasce bela...
no espinho...
destino...
e,  vou...
para um lugar   de mim...
e ,sem seus para  bracos e abraços
...
fico assim...
a  parte...parte...
cedo ou tarde...
poesia e arte  ...
partido...
por mim....
sou feliz...

sábado, 17 de dezembro de 2016

O MAR DEIXOU MUITO MAIS...

Vou deixar flores no vento...
para desesperadamente...
seguirem algum rumo...
nos lábios do destino...
esperava amor...
um sinal qualquer...
esperava amor...
um amor...
no horizonte da avenida...
hora de chegada...
hora de partida...
eu te iluminei tantas vidas...
o caminho é só...
essa tarde...
preciso me despedir...
não vou dormir ...
antes do Sol partir...
vou saborear a leveza...
dos sonhos...
na sonoridade breve do vento...
esse recado é de partida...
e, nesse rumo sem fim...
eu não posso mais desistir...
horas que vêm...
a me fazer despir...
te esperava um amor...
desesperadamente...
te esperava, meu amor...
no deserto frio constante...
e, tudo o que posso sentir...
é que ainda meu coração
reside perto de mim...
um tumulto intenso...
que eu causei...
pelo horizonte...
desaguando no mar...
oceano e profundezas...
são cousas d´alma...
são cousas da vida...
que não têm fim...
que não posso esperar...
decidi...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

TARDE DEMAIS...

é assim que as cousas começam...
eu não quero mais...
eu não quero mais...
pensar em você...
é assim que devo ser...
um começo sem roteiro...
um avesso descartado...
um papel solto no vento...
Tarde demais...
eu sei...
há tantas cousas...
que vem e, vão,,,
eu sei...
meu mundo é um destino...
longo e largo...
eu preciso largar você...
em qualquer lugar desse mundo horrível...
e me esquecer de vez...
de todas tentativas...
sem acertos...
pois sei...
eu sei...
bem melhor o que é suficiente para mim...
e assim...
e, mesmo assim...
continuo a respirar...
o que me faz nutrir...
você é apenas...
um detalhe breve...
que não me importo mais...
paisagem...
nuvens livres...
vento calmo...
ruas e arestas...
sinais...
sinais de vida...
está na hora de partir...
sem dizer adeus...
pois acabou ...
meu amor sou eu...
está tarde demais...

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

UM DIA VAI...

você vem arrastando suas besteiras...
eu sei...
estou de bobeira...
como quem precisa...
cada vez mais...
você vem...
você vai...
cada dia um pouco mais...
essa dose cabe um pouco mais...
essa tragedia é uma comédia...
um pouco mais...
você faz...
você vai...
eu fico disfarçando o frio...
como quem...
necessita um  pouco mais...
de um tom sem brio...
você é apenas um retrato
do passado...
um recado...
um esquecimento...
que não preciso mais...
você vem...
você vai...
o segundo e um gesto de paz...
tudo isso um dia vai...
não me importo nunca mais...
a solidão é nosso copo vazio...
eu sei que vou compreender...
que somos apenas...
um resto do deixar de ser...
quando acordar,,,
vai apenas dizer...
como a vida era florida...
quem me dera poder...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Na lei...

Pela lei do mundo...
vou resgatar a lei do fim
do absurdo...
pela lei do mundo...
onde o céu índica
um simplesmente infinito...
andando sem nó...
andando só...
sem rimar dó lá
com só...
o mistério do esquecimento...
o mistério sem aresta
independente de cara ou careta...
pela lei do mundo...
ninguém corre mais
que um latifúndio...
na pele há uma cinza clara...
um retrato ao avesso...
uma parede curta....
um sentimento alado...
resquício de sujeiras
na Câmara ao Senado...
pela fim da lei...
da lei sem lei...
apenas um recado...
nossa voz é nossa independência...
um desaforo errado...
coro sem decoro...
amargo...
sem sincronia...
sem dança...
a arte de somente sorrir...
para deixar...
deixar sem lar...
na poeira que é livre no espaço...
tudo vai ficar virado...
sem lembrança nem recado...
regulamentando os dizeres...
de uma casa...
de fachada...
vamos...
vamos...
avante...
no esconderijo do fim...
eu me viro ao avesso...
sem  nenhum terço...