segunda-feira, 12 de outubro de 2009

" Não quero beleza, quero identidade.Beleza é uma superficialidade medrosa..." Clarice Lispector


Ao menos
Não quero o Ser como estar.
Não quero palavras e momentos.
Pois tudo se vá...
A linda aurora celeste,
tão bela, divina reside.
Os fatos me são corriqueiros,
como algo que não planejamos.
Ao me buscar,sei que algo existe.
Como círculos sociais de vivências...
Hoje,não estou,pois já fui faz tempo.
Nem tão bem, percebiolhar adiante.
Pois não me contento com formas concretas,
porque é ilusão aos olhos nus.
Me despindo de tudo o que me adorna,
permaneço em diversas formas.
Isso me faz pensar... Zédu 10/09/2009
Em branco

Pode ser miragem,
ou vício da paisagem
como as coisas rotineiras,
que massificaram-se e,
tornaram-se produtos baratos.
Sem preço e apreço,
pois não há o que exaltar.
Sabendo que a humilde destreza,
que permanece algoz e omissa
sobre as estruturas terrenas da TERRA...
Meu amor,não vale à pena.
Quando seu corpo estremece,
no ar se perdesem prestar muita atenção...
Meu bem, veja bem,
não há o que ressalvar.
Somos um segundo, sem fim...
Paralisados na atmosfera e,mais ninguém...
Solitário vou.Adeus,
que me amou.
A subir às nuvens,
pois me parecem límpidas,
como cristais,que se materializaram.
Em breve
Ser leve
Aurora celeste de meu viver... Zédu 9/09/09
Pois bem, as coisas se escapam com o tempo...Ao pensar no meu lindo jardim, donde floresce as pétalas rosadas da existência humana, que com sua efemeridade sorriu belas flores, por tempos onde o sorrir era o belo, o admirável e sensível...
Como as estradas da vida que surgem e que se escapam, aparecem e urgem e, os momentos inócuos, paralisados resistem, pois persistem a exaltar, resguardar e seguir...Assim, como uma sinfonia de flautas, donde os toques são bem mais sutis.Nessa delicadeza sem números a calcular...São vidas e passos a seguir, à algum caminho, que será que existe!?O infinito sonhar, sua diretriz...Marco os passos a persistir...
Quem sabe o vão, pois se há sofreguidão.Como um cão, bordejeiro e solitário pelas ruas, estradas, a reconhecer sua admirável calçada, de olhos invisíveis e inesgotáveis de seu mundo só seu, de seu olhar eterno sobre as coisas repensadas...
Não há de se reconhecer, assim, como os imperceptíveis, que passam...As luzes transpassam, clarescem, realçam, como um brilho, um brilhante...inconfundível e incolor, pois os olhos são retratos da janela do horizonte infinito, sua dor... Zédu 6/08/09
Cada pétala

Nesse momento apenas urge
Os papéis em branco
Embaraçados e febris
Como resto de vida
Como alma sofrida,
Sobre os lençóis
Que se escapam do tempo...

Ao procurar,
Perquire
E descobri que a vida
É uma proposta vencível
De olhares fincados
Na amargura e no temor

Não há mais como
Sobreviver de exatidão,
Pois todas as propostas
Se hão carcomidas,
Como um alimento que se esgotou.

Vou ao vento,
Aos passos da eterna diretriz
A caminhar num solado
Como um mágico
E a sua esperança.

Nessa eterna bruma de lembrança,
Resgatar a alma vil, o corpo gentil
Nos espaços etéreos
Dos campos celestes,
Pois seus olhos nunca saberão a profundidade..
E, me resgato ao coletivo,
Donde serei capaz,
Absoluto
A recriar meus céus inflamados,
Amargos e soberano...

Não há mais tempo à você...
Adeus! Zédu 17/08/09
Ao que cativas
Se a noite te encontrar um desejo,não busque nem tente ou escape...Assim como as palavras que foram ditas,deixe fluir e imaginar...como um âmago que produz seu cálice...Tudo que o que a alma permite,num infinito sonhar,sua diretriz...Para que um dia sirva de proposta,donde a recanto está o caminhar,onde os pássaroscantam felizesa proclamar o tom de seu eterno aprendiz...17/07/09
Vitral
O que você precisa quando chama meu nome?
Quando o silêncio desperta sua alma,
No vão dos inocentes,
Que precisam de chão,
Uma direção...

Não pense que te fortificarei,
Quando ocultas meu sono
Como uma singela face
A esmerar o belo.

Na derradeira certeira se foi,
Quando os olhos crus te despiu,
Como um novelo em branco.

Até podia esperar,
Mas sabe...
Esgotou-se exatidão.
Por tempos onde o telepático
É o abstrato jardim do éden...
Àquele que estará lá,
Por lá , bem acolá,
Para que descanse suas cinzas
Em meu luar.Zédu25/06/09


No bosque da noite( por você DINDI)

Andei me encontrando com o vento...
O alento, o alento...
Nas nuvens cinzas do luar,
O simplório e o banal.
Como as danças fúnebres,
Que se despedem da alma...
Ao tentar,
Reconhecer,
Que a vida é o sonho
Mais etéreo de ser...

Palavras, nuvens,
O grande Céu...
Talvez, infinito
Será a distância,
Mas saiba,
Que aqui, venho te honrar,
Meu amor,
Eu não sei por onde calha este luar
Cantudo, verso,
Lembranças a te esmerar...Zédu28/06/09
Vitral
O que você precisa quando chama meu nome?
Quando o silêncio desperta sua alma,
No vão dos inocentes,
Que precisam de chão,
Uma direção...

Não pense que te fortificarei,
Quando ocultas meu sono
Como uma singela face
A esmerar o belo.

Na derradeira certeira se foi,
Quando os olhos crus te despiu,
Como um novelo em branco.

Até podia esperar,
Mas sabe...
Esgotou-se exatidão.
Por tempos onde o telepático
É o abstrato jardim do éden...
Àquele que estará lá,
Por lá , bem acolá,
Para que descanse suas cinzas
Em meu luar.Zédu25/06/09
À luz do luar...

Pois bem, trago a ti o silêncio das ruas,
nesses anos de vida,
para que o tempo mostre
a exatidão repartida e fracionada pelos campos ,
por essas áureas dúbias
dos cantos sozinhos de relicar...

Sou eu, o ser amante,
intenso das exaltações,
pois bem sei donde vim...
profusão dos perfumes do luar,
dos sentimentos da alma.

E de repente,
Vou contra a corrente,
Das imagens que refletem-se
Na ilusão.
Como um prenuncio dos deuses humanos,
Que estáticos em suas esquinas da vida,
Lhe deflagram seus ímpetos,
Sem escolhas a lhe salvar... Zédu 26/05/09
Quimeras
Me esforço,
Mas arranco a alma,
Pois sei,
Que me despindo,
Na derradeira foi-se sofreguidão...
Pelos braços, corpo, chão...
Me deleito sobre as curvas preteridas,
Das faces,
Das fases,
Da languidão...
Pois sobre os momentos,
No afã de minhas quimeras,
Quero o ser nu,
Àquele que não tem face,
Não tem gosto,
Não tem lados...
Para que tudo seja paralelo...

Ao criar,
Reviver,
Remontar...
Nas conjunturas mais distantes da terra...
E sobrepor tom à tom,
O que me desejar...
E desfacelar o ritmo da sombria,
Pois vendo, você,
Meu Sol,
Minha eterna magia do amanhã...
Para que quando
deparar-me com o espelho,
refletir essa aura,
essa alma resplandescente e vivaz,
que faz de minha contida emoção,
um copo entornado de tentação...Zédu20/05/09
A dor do crepúsculo

Num encontro das almas cinzentas de meu relicar,
Palavras, palavras sinceras,
Textos, estantes à almejar.
Atmosfera amante a desatar
Recolho me às nuvens nubladas,
Dubladas ao seu olhar.
Poder procurar e não encontrar
O brilho, a tristeza,
O desterro ao gostar.
Pois poderia andar pelas estradas,
Recobrir meu brio,
E ao achar o vazio me deflagrar.

Para onde cobre meu céu?
Por voltas ao leu...
Ao sentir o toque
Dos sonhos vazios,
Do ninho das almas descrentes.

Passa-me, então,
Escurece meu chão.
Para na busca do amanhã,
Aquecer-me.
Desejar-te.
De propostas intensas
Sobre meu vão.

Cai a noite,
Chove a sombra,
Escurece o entardecer
E as palavras ficam ao vento,
Pois se vão sem mim.
Onde as deixei,
Escaparam-se
È o tempo—efemeridade
Sobre as razões humanas,
Não quero sê-las ingratidão.

Devagar-me-ei ao saber,
Se porquê me esmerar
Ao encontrar dizer:
Como vai você?
E nada mais...
Pois é isso...
Espectro de emoções. Zédu 5/05/09