domingo, 7 de fevereiro de 2016

esse tempo sou eu...

se existisse um motivo...
que pertencesse ao tempo...
não avisaria a ninguém...
nem deixaria perceber...
se existisse vontade...
a cada passagem...
que o tempo percorre sem fim...
não sei se queria...
não tão menos sentiria...
o ardor da vida...
não busco mais nada...
nem procuro entender...
sei que é tão complicado...
ficar pensando sem parar...
e perceber que as conclusões
são as mesmas...
e as intenções também...
sei que de tudo um pouco
na vida vivi...
e também já fiz...
hoje deixo a luz nascer...
iluminar minhas tão sóis...
e queridas ilusões...
que o tempo não levou...
mas voce se foi...
como um puto a querer...
qualquer cousas nas esquinas...
e fiquei na escuridão das neblinas...
tropeçando sobre os bares
e as calçadas...
sem rumo...
pela vida...
a querer nada...
nos sabores mais diversos das tentações...
com um coração bandido...
querendo paz...
mas nada me importa saber...
eu já me entreguei nessa vida...
como quem calcula a face de estranhos...
imaginando tudo como um sonho...
desenhando a vida como um poema...
nos versos ácidos da solidão...
mas se voce me encontrar
pela rua...
quando a lua de luz...
se ascender...
não me pergunte quem sou...
como estou ...
nem para onde vou...
só me traga um punhado de felicidade
nas mãos...
nos braços de quem perdeu...
mas meu amor...
se voce me encontrar por aí...
largue tudo...
e venha me seguir...
como a linha dos destinos...
que deus pretendeu...
mas não diga se há culpa ou mágoa...
pois minha vida é sem tempo...
e seu amor sou eu...
deixe a chuva afagar as saudades...
pois hoje o sol o tempo escolheu...