quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Nada,
como absolutamente nada a pensar,
repassando os papéis delineados em branco...
Pois, abstrato seria,
como tudo o que não há de existir...
Seguindo se sabe e,
as palavras são rios,
que não mais choram por você...
que nada absorve,
que nada se sabe,
que de partes se faz vazio...
Descarto tudo,
pois de mim sou face.

Me leve,
ser breve...
AURORA CELESTE DE MEU VIVER...

domingo, 17 de janeiro de 2010

Versículos


Falar como verso,
dizer sobre o que for preciso ...
E as palavras pertencem ao léu...

O que seja pensar,
ir em busca adiante...
Marcar os passos--destino

Vou, porque preciso de mim,
que seja eu antes outrem...

Vida!
Coragem!
Meu prumo!

Um semblante distante avisto,
curvo meu caminho,
meus pés são minha lei...

Que seja ir a devagar,
bordeijando me recluso
a fincar...

Sorrisos e facetas me ignoram
quando quero amar e,
as flores já dormiram em meu jardim...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sideral


E ninguém lembrará de você,
quando o sorriso se for,
quando o Sol se por,
quando lhe chamarem de amor...

Pois você já não é mais você e,
sobrevive sem saber da dor,
de que já se foi capaz...

O céu tão límpido e estrelado
como as lembranças
de um passado esquecido.
O adeus inerte que cobre as distâncias `d`alma...

E ninguém é meramente capaz de dizer
o por quê, o por quê, o por quê?

Hoje, talvez, nu e frígido
das distâncias,
que vagam e permeiam a angústia...

Será , será, será...??
Ser que há dimensões...

Zédu, 16/01/12

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Cronologia


Você não sabe,
não vê,
que o tempo é a ilusão do destino e,
que tudo passa, passa , passa...

Nas armadilhas das mãos,
vemos nosso corpo suado e
a aridez dos olhos,
são capas de veludo...
assim como tudo o que muda,
transforma,
precisamos mesmo é rejuvenescer...

Me despertei ao vazio,
no calor inebriado do vento,
me puxando contra o tempo,
a pensar...

Quem sou eu?
Uma máquina,
que não pode contar...
uma armadilha a pisar...

Me sentindo pesado,
sobre o Sol solado,
vou me eu busca
ao sereno...
Seguindo meu prumo,
sem reclamar...

A imensidão do mar me faz capaz
de absorver o sangue tinto,
que corre às veias e ressalta.

Todos a todos
Meio faro,
meio simplório,
e me curvo ao meu velório,
sem saber se estou nu ou recoberto,
a devagar adiante...

Sigo a saber distante...
Não sou marionete do tempo,
sou prisioneiro da mente...

Intacto me cristalizo,
ao saber que tudo é uma conspiração...
Adeus, entao!


" as flores singelas, só elas, me curvaram em vão..."
Zédu11/01/10

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Garota da esquina


Ela é garota,
Ela é menina,
Ela te espera na esquina...

O brinquedo é seu consolo,
nas manhãs de seu prelúdio.
nos seus passos há uma regra de desfazer seus ímpetos.
Ela brinca e contagia,
se debulha em alegorias...

O seu rosto é desconexo,
em que a viu num esplendor...
pois seu caminhar é nas alturas,
vide os saltos em que se projeta...

Ela é garota,´
Ela é menina,
Ela te espera na esquina...

Seu carimbo está no chão,
num alcance promissor.
e devaga pelos cantos com suas ranhuras...

Ela é garota,
não mais menina,
mais um projeto de VIDA...

Sua bolsa é um pacote de seduzir,
e sabe fazer fingir,
se a necessidade cruzar as ruas e,
parar à esquina...

Ao adentrar a porta,
já suporta a profusão.
O intercâmbio é solução,
quando o dicionário não vem à mão...

Ela é garota,
Ela é menina,
é meu projeto,
é minha VIDA...

Quando a luz do breu te ilumina,
estatisada e serena me encanta...
Tento me converter ao semblante áspero,
mas a frenesi me instiga.
Intransitável permaneço,
no entanto,
com a fricção endureço,
com meu empenho lhe enobreço
e ao fracionar o desejo me esqueço...

Afinal,
ela é garota,
ela é menina,
fez de mim um servo na sua esquina...

Qual é o nome do AMOR...?