Veja as construções de ferro.
Montanhas cobrindo nossas pernas.
Areias e dragões
Soltos na escuridão de um fim.
...
Minha verve produz insanidades,
Com a luz de um tempo,
Em que meu corpo lança fogo
À respiração de uma certa saudade.
A juventude de meu passado
Irreal, pagão.
Veja meu bem,
Preciso vender meus detalhes.
Estrada.
Sempre bela.
Veja bem: há sempre o que podemos reconhecer.
Doce e amor dilema.
Rude e selvagem camada da terra.
Douradas ilusões.
Segregação dos guetos.
Liberdade que cruza um eco.
Ínfimo da cena.
Lama solta nas pernas.
Heróis periféricos.
Covardes fraternos sentados à mesa.
É preciso fugir.
O coração é cotidiano da vida.
Estrada, lhe chamo,
Novamente,
Por outros desejos.
...