AO FIM...

PERCORRI UM DESERTO...
SEM PERCEBER...
MAS À CADA MANHÃ,
HAVISTAVA UMA ROSA
EM CADA MIRAGEM...
CAMINHANDO AO LONGE...
NO DESERTO CERTEIRO...
E NA SOLIDÃO FRIA...
MAS AO PERFURMAR O HORIZONTE...
CAMINHANDO SOBRE
UM HORIZONTE SOLAR...
O AMOR PERDIDO
ENTRE AS CURVAS
DE FOGO...
DE UM FOGO QUE COMEÇOU...
O AMOR SURGINDO NO VENTRE
DAS DÚVIDAS E PENSAMENTOS
INTENSOS...
QUE NOS INVADEM
SEM FIM...
E DÚVIDA AO ULTRAPASSAR
A DOR...
O FRIO...
E O SOL...
SEM SABER...
AINDA ESTOU...
NO DESERTO
E NA RUA...
PERCORRENDO AS DISTÂNCIAS
ENTRE NÓS...
E O TEMPO MARCADO...
SOBRE NOSSAS MÃOS...
QUE ACARICIAM UMA NOVA PELE...
MAS NÃO ME PERGUNTE NADA...
EU NÃO SEI QUE SOU...

COUSAS QUE SIM...

EU QUERIA ESTAR HAVISTA
DE QUALQUER PREÇO
OU RAZÃO...
ACIMA DE QUALQUER
SENTIMENTO BOM
COMO  UMA MIRAGEM NO DESERTO...
OU UMA VAZÃO DE BUSCAS CONCRETAS
EU PRECISO SABER
O QUE HÁ EM MIM...
SE NO PEITO DEFLAGRO
EXATIDÃO...
OU SE SIGO SEM PERCEBER...
SE ISSO É BOM...
EM NOME DO AMOR
ME PERDI...
EM NOME DO AMOR
DESCOBRI O QUE HÁ
NO OLHAR...
E SENTI O QUE PRECISAVA
VIVER...
VIVI COMO UM FLUXO INTENSO
DE EMOÇÕES...
MAS HOJE...
EU ME DESPERTO NU
DE SENTIDOS ABSTRATOS...
SEM PERCEBER
O QUE A VIDA
DIZ LÁ FORA...
COMO UM INOCENTE SEM PAIXÃO...
DEBULHADO DE PROMESSAS
SOBRE A VIL RAZÃO
DE ESTAR...
AQUI AGORA...
POIS BEM...
EU PRECISO ESTAR HAVISTA
PARA VOCÊ ME ACHAR
PERTO DE MIM...
ACHO QUE VOU...
SEGUIR...
ME ARRISQUEI A SER...
ACHO QUE VOU...
É MELHOR ASSIM...
NÃO VOU DESISTIR...