terça-feira, 24 de novembro de 2020

 Enquanto isso,vou dobrando meus papéis amassados em versos,jogados nas janelas abertas ao que podemos reconhecer como frutos de uma criação.Meu corpo atento cria histórias acertando as feridas,que acompanham a visao do amanhecer das nuvens junto a estranhos.Assim, porto-me às ideias lúdicas no papel,que ao espalharem-se em minha face obliqua, resgatam a sublime sensatez do sopro de uma voz precisa do adeus junto às mãos entrelaçadas na vertigem do prazer.Talvez, amar seja sufocar as rosas mortas do deserto,no ar arrastado pelo chão,que o Sol pisou os ferros presos em meu pescoço, nos dominando como servos pagãos.Ao encantar os verbos, uma amenidade soltou minhas pernas nas ruas,aonde me perdi junto à estrada da sorte,buscando o elemento do fim.Por isso,ao agarrar minha imaginação, entrego luzes a um poema livre,pois nunca precisei de palavras concretas,mas ao sentir meu corpo exaltar uma dedicação ao gritar por coragem,expressei meu íntimo, constatando certas razoes humanas entre faces e lados paralelos.meu sentimento, meu momento,meu ensinamento...provocar as bocas de um lábio dos deuses,singular aspecto de sobrevivência, dilatando a respiração, na simetria dos espelhos nus.Assim,sangramos...