Enquanto isso,vou dobrando meus papéis amassados em versos,jogados nas janelas abertas ao que podemos reconhecer como frutos de uma criação.Meu corpo atento cria histórias acertando as feridas,que acompanham a visao do amanhecer das nuvens junto a estranhos.Assim, porto-me às ideias lúdicas no papel,que ao espalharem-se em minha face obliqua, resgatam a sublime sensatez do sopro de uma voz precisa do adeus junto às mãos entrelaçadas na vertigem do prazer.Talvez, amar seja sufocar as rosas mortas do deserto,no ar arrastado pelo chão,que o Sol pisou os ferros presos em meu pescoço, nos dominando como servos pagãos.Ao encantar os verbos, uma amenidade soltou minhas pernas nas ruas,aonde me perdi junto à estrada da sorte,buscando o elemento do fim.Por isso,ao agarrar minha imaginação, entrego luzes a um poema livre,pois nunca precisei de palavras concretas,mas ao sentir meu corpo exaltar uma dedicação ao gritar por coragem,expressei meu íntimo, constatando certas razoes humanas entre faces e lados paralelos.meu sentimento, meu momento,meu ensinamento...provocar as bocas de um lábio dos deuses,singular aspecto de sobrevivência, dilatando a respiração, na simetria dos espelhos nus.Assim,sangramos...