sábado, 21 de novembro de 2020

 Esta noite, acordei o acaso com uma contradição.Foram lábios e músculos ,que ao contraírem-se, dilataram-se, o que de melhor sei de servir. Esquecer é meu dilema. Por isso, com a figura de um manequim oriental, espalho a ventura da contradição. mesmo que minha ambição seja um espelho ambíguo, reflexo de todo tempo.me entrego às silhuetas das formas de um passado distante, derramando chamas de fogo na boca dos deuses do vento, que na terra nos arrastavam, através da poeira cósmica transcendental.E,agora, aqui, estou revelando a sintonia de minhas falhas, faltas e ausencias,que deixeisem perceber, a devorar e me devotar junto à noite, em que invoco minha alma a romper todos lamentos, pois o prumo da redenção é o que se encaixa entre o exato e a simetria de nosso corpo. Minhas palavras rasgadas,sua carne, a imagem do eterno absoluto...Por isso, apenas confesso junto às línguas cruzadas, que arranham nossa pele e, entrelaçam os fios do destino.Ao cuspir luzes e fogo, deixo tudo aberto à disposiçao,pois os sagrados anjos, que perturbam nossa face, revelando segredos e intençoes ,mas as razoes não são bem vindas e servidas, pois os manequins trocam de roupas e acompanham os rumos da criação. Nesta noite, meu amor, vou repousar meu corpo nas batidas de seu coraçao,pois ainda é cedo para mudar de posições...Talvez,seja necessário me deitar em outros papéis...