domingo, 17 de janeiro de 2010

Versículos


Falar como verso,
dizer sobre o que for preciso ...
E as palavras pertencem ao léu...

O que seja pensar,
ir em busca adiante...
Marcar os passos--destino

Vou, porque preciso de mim,
que seja eu antes outrem...

Vida!
Coragem!
Meu prumo!

Um semblante distante avisto,
curvo meu caminho,
meus pés são minha lei...

Que seja ir a devagar,
bordeijando me recluso
a fincar...

Sorrisos e facetas me ignoram
quando quero amar e,
as flores já dormiram em meu jardim...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sideral


E ninguém lembrará de você,
quando o sorriso se for,
quando o Sol se por,
quando lhe chamarem de amor...

Pois você já não é mais você e,
sobrevive sem saber da dor,
de que já se foi capaz...

O céu tão límpido e estrelado
como as lembranças
de um passado esquecido.
O adeus inerte que cobre as distâncias `d`alma...

E ninguém é meramente capaz de dizer
o por quê, o por quê, o por quê?

Hoje, talvez, nu e frígido
das distâncias,
que vagam e permeiam a angústia...

Será , será, será...??
Ser que há dimensões...

Zédu, 16/01/12

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Cronologia


Você não sabe,
não vê,
que o tempo é a ilusão do destino e,
que tudo passa, passa , passa...

Nas armadilhas das mãos,
vemos nosso corpo suado e
a aridez dos olhos,
são capas de veludo...
assim como tudo o que muda,
transforma,
precisamos mesmo é rejuvenescer...

Me despertei ao vazio,
no calor inebriado do vento,
me puxando contra o tempo,
a pensar...

Quem sou eu?
Uma máquina,
que não pode contar...
uma armadilha a pisar...

Me sentindo pesado,
sobre o Sol solado,
vou me eu busca
ao sereno...
Seguindo meu prumo,
sem reclamar...

A imensidão do mar me faz capaz
de absorver o sangue tinto,
que corre às veias e ressalta.

Todos a todos
Meio faro,
meio simplório,
e me curvo ao meu velório,
sem saber se estou nu ou recoberto,
a devagar adiante...

Sigo a saber distante...
Não sou marionete do tempo,
sou prisioneiro da mente...

Intacto me cristalizo,
ao saber que tudo é uma conspiração...
Adeus, entao!


" as flores singelas, só elas, me curvaram em vão..."
Zédu11/01/10

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Garota da esquina


Ela é garota,
Ela é menina,
Ela te espera na esquina...

O brinquedo é seu consolo,
nas manhãs de seu prelúdio.
nos seus passos há uma regra de desfazer seus ímpetos.
Ela brinca e contagia,
se debulha em alegorias...

O seu rosto é desconexo,
em que a viu num esplendor...
pois seu caminhar é nas alturas,
vide os saltos em que se projeta...

Ela é garota,´
Ela é menina,
Ela te espera na esquina...

Seu carimbo está no chão,
num alcance promissor.
e devaga pelos cantos com suas ranhuras...

Ela é garota,
não mais menina,
mais um projeto de VIDA...

Sua bolsa é um pacote de seduzir,
e sabe fazer fingir,
se a necessidade cruzar as ruas e,
parar à esquina...

Ao adentrar a porta,
já suporta a profusão.
O intercâmbio é solução,
quando o dicionário não vem à mão...

Ela é garota,
Ela é menina,
é meu projeto,
é minha VIDA...

Quando a luz do breu te ilumina,
estatisada e serena me encanta...
Tento me converter ao semblante áspero,
mas a frenesi me instiga.
Intransitável permaneço,
no entanto,
com a fricção endureço,
com meu empenho lhe enobreço
e ao fracionar o desejo me esqueço...

Afinal,
ela é garota,
ela é menina,
fez de mim um servo na sua esquina...

Qual é o nome do AMOR...?