A chave
Tora ‘a gana
Na busca profana,
No alento e no desejo
Se vejo,
Me descubro
Se quero lhe derrubo
Sem a pretensão mundana,
Da vida ,
Da chama...
Ao bem dizer que promessas são tristonhas...
Do riso ‘ agonia,
Já por si se extinguiria
Já saltei do lastro,
Onde o mastro é a fuga
Já fui tão longe,
Na dimensão ultraterrena,
Transcendental dos corpos
...
Pois bem,
A carne padece.
Se no dia escurece,
Se ‘a noite carece,
Se a vida empobrece...
Mas não sou essa cultura antropofágica,
De tremulação intrépida
Sou uma dimensão extracorpórea e vital
Sobrevivo do pão, da água , do vinho...
A alma não é corpo,
É chão
É ternura e tentação...
Não ao menos em vão,
Ao léu me vou
E deixo seguir,
Com rastros a perseguir
Pois sei,
Eu parto e me divido
E supro as emoções divinas
Como um ser
De complexidades enigmáticas
que sobrevive sem dor...
E O TÉDIO ESCORRE PELOS LÁBIOS...