POR VOLTAS...

 PRECISO DECOMPOR

MEUS ERROS,

NESSE SOLO ÁRIDO.

PERMANEÇO DIANTE DO PERIGO

DA VISÃO TURVA,

DESSA TERRA,QUE

NINGUÉM ESPERA POR MINHA LUZ,

NESTE INSTANTE.

ASSIM,

A ANGUSTIA PERCORRE MEU SONO,

NAS RANHURAS ENTRELINHAS

DESSE FIM

DE VISÃO ABERTA NA VONTADE.

DESEJOS LEMBRAM-ME PESSOAS,

QUE A POESIA ME AFASTOU.

SÃO PAPÉIS,QUE

ASSUMI COM PRAZER,

QUANDO EU DE CASA POR CASA,

FITAVA SEUS OLHOS,

QUE ME PEGARAM NA MIRA CERTA.

VIVO O POEMA,

E A HISTÓRIAS DE MEU SOLO.

PERCORRO O CAMINHOS E DIREÇÕES

DE UM FIM.

É IMPOSSÍVEL NÃO FALAR

DA DOR,QUE ANGUSTIA MINHAS PALAVRAS,

MAS TRANSFORMAM O CORAÇÃO,

NA GENTILEZA DE SUA POESIA.

SEU CORTE,SEUS CAMINHOS,

VÃO EM BUSCA DO QUE SOU,

NO MOMENTO EXACTO.

O DESBRAVADOR DOS VENTOS...

 SUAS MEMÓRIAS SÃO SEPARADAS

DA RAZÃO.

HÁ UM CERTO CICLO,

QUE DESPREENDE OS ESQUECIMENTOS

DA VIDA, QUE LIGAM-SE 

COM A CULPA APARENTE.

CORAÇÃO QUE PERMITE

GUARDAR O VENTO SOBRE OS PANOS.

BENEVOLÊNCIA APRAZ À LUZ.

NÃO COMPREENDO ÍNFIMOS DETALHES,

QUE CORREM AS CONVICÇÕES DA NORMA.

SINTO SEUS OLHOS

DEVORANDO MEU CORPO,

COMO ESCONDERIJOS DE UM DOLCE VENENO.

O QUE IMPORTA SÃO OS FRÁGEIS INTENÇÕES.

FALO SOBRE ACTOS.

FECHO E ABRO CORTINAS ENXARCADAS.

PALAVRAS VOAM EM DIREÇÕES

DE NOSSAS BOCAS.

É UM ABSURDO COMPREENDER CIRCUNSTÂNCIAS,

DE QUE O DESTINO ALARGOU

NAS CAVIDADES ABERTAS.

TUDO O QUE PARTE,

FAZ SENTIDO LOUVÁVEL EM NOSSOS DIZERES.

PARECE QUE REFLETIMOS MUITO BEM 

NA CORAGEM E NA LOUCURA,

DE SERMOS NÓS MESMOS.

SENTIMENTOS QUE IMPORTAM,

QUANDO HABITAM CORAÇÕES FRIOS.

A ESTRADA É LONGA,

POR ONDE SEGUIMOS O RUMO SUTIL E LEVIANO.

ENTRE DEGRAUS,

ROUBO A CENA E PEÇO-LHE UM BEIJO.

AROMAS E TEXTURAS

ENFEITAM NOSSO CORPO DE POESIA.

NA LUZ,ME ENTREGO

À MINHA FÉ,QUE É INSINUANTE PARA TI.

ENTRE O QUE ME IMPORTA,ESTOU AVANTE.

PRECISO DE UM TEMPO

PARA BUSCAR A RAZÃO

DO QUE NÃO SEI,

POIS TUDO FORA APENAS TUDO.

...E,VOCÊ,

MEU RETRATO SEMELHANTE.

...