sábado, 14 de dezembro de 2024

 Todo dia é sempre igual.

A tormenta da lei,

Que cobre meus ombros.

A desigualdade das indiferenças.

O momento de ser,

A fuga de ir.

Prosseguimos no céu,

Azul de cinzas.

Urubus fazem festas 

No quintal dos portos.

Os oceanos são porões 

De ratos,

Que sujam nossos tecidos.

Todos os dias somos ensinados

A rouba sentimentos.

A roubar a cena,

Seguir em frente,

Distraindo os cegos de amor.

Nossas desgraças são convites 

De nobreza.

Nossa alma é marcada

No ferro,no aço e no asfalto.

Roemos os dentes ao sentir prazer.

Comemos os ossos.

E arrotamos as mesmas misérias.

Pessoas são levadas pelas músicas 

E a fraquezas é o caminho ,

Por onde a franqueza 

Nos deixa em paz,

Todos os mesmos dias.

...