domingo, 13 de dezembro de 2020

 Aluguei meu silencio no quarto escuro,o mesmo,o qual estávamos acostumados a nos perdemos por caminhos e vontades. Compus meu corpo com versos soltos e livres,e as palavras saiam e saltavam de minha boca procurando a redenção dos anjos,que cobriam e adornavam nossa plenitude.Estou completamente perdido em uma certa virtude,arrastando-me por prazer sobre o ar,integrando-me a predicados e perdições concretas,das quais por amor, me entrego sem zelo,mas afirmo convicções,quando a nuvem do silencio perturba minhas noites em fel,convertidas em lapsos de sua ausência.No entanto,esta noite,aluguei meu corpo para sua voz sentir tudo o que não posso nem sei consentir,porém admito,que o tempo me transformou em um retrato exacto e factual que está sobre controle.Preciso sair de mim a procurar um céu de estrelas,cuja a infinda sensação,incorporou-me à alma do silencio, o tom das penumbras das atmosferas em estado de criação e explosão e o dom supremo de permanência pelos entornos de seu corpo,cortejando suas vontades no substrato de um princípio-fim etéreo...Por isso,o amor é todo grito selvagem coberto de silencio e verdades,que cabem naquele quarto escuro,onde percorremos caminhos intermináveis dessa memória de luz...Preciso escapar-me por entre suas mãos e, convidar o desconhecido que adentra as portas abertas,pois penetra as profundezas de um segredo que revelou minha face,quando admirava os astros ao cobrir seu corpo nu com os sentimentos que jorram vida surpreendendo nosso êxtase e amarrado nosso silencio em outras propostas...