MUSA REDENÇÃO

O POETA ADENTROU O BORDEL ATRÁS DE SUA MUSA
DEPAROU-SE COM UM RECADO
REFLEXOS DE INSPIRAÇÃO...
NÃO PRECISOU DE MOTIVOS NEM DE EMOÇÃO...
AMEAÇOU A FACE DE SEU RANCOR
RASGOU-SE AOS VERSOS POR UM NOVO AMOR
DESESPEROU-SE POR ETERNAS INDAGAÇÕES,
QUE INFLAMARAM SEU EGO DE LUXÚRIA
SEM PERCEBER QUE SUAS VESTES ERAM CRUAS
PUREZAS QUE FLUEM NUAS
DESESPERANÇAS E BRANDURAS
SEUS  GESTOS TEM CORPO
SEM RAZÃO...
E NA POESIA INFINITA DE SUA PAIXÃO,
PODE PARECER QUE NADA VAI IMAGINAR...
MAS TUDO O INSTIGA AO OLHAR,
OS MESMOS SEMBLANTES
O ROSTO MARCANTE
A IMAGEM SINCERA
QUE NADA VAI SERVIR...
AO DEPARAR-SE COMO POETA,
AINDA SUJO PELOS HORIZONTES DO AMOR,
NÃO PERCEBIA QUE A SUA POESIA
LHE LAVARIA À ALMA
IMPERFEITA E COMPLEMENTAR...
POIS A POESIA E O POETA
ERAM AMANTES DE TANTAS INDIRETAS,
QUE REGISTRARAM EM VIDA,
SEU LABOR...
O POETA É FRUTO
A POESIA UM ENIGMA
UM HOMEM
DOIS SOLITÁRIOS
A LAMENTAREM-SE
A DEFLAGRAREM- SE POR TODAS
AS DIVERSIDADES E SEMÂNTICAS...
TROCANDO SEU GESTOS
POR CAMINHOS SEM NEXO,
QUE SOMENTE SÓ,
O SEXO HÁ DE VIVER...
O POETA E A POESIA DETONARAM SUA MAGIA...
A POESIA É BICHA
O POETA É NOVO...
NOVAMENTE HÃO DE SE ENTENDER...

ZÉDU DÁVIDA 16/01/13

                           NEM O CÉU ME DISSE


FALANDO DE VERSOS E ADVERSOS
DIVERSAS LINGUAGENS DE DEUS...
E EM CADA SÍMBOLO UM MISTÉRIO
DAS PARÁFRASES SUGESTIVA DA VIDA...

EU QUERIA DIZER EM POUCAS PALAVRAS,
DAQUELAS QUE SE OCULTAM
A SE FAZER ENTENDER
DETECTANDO AS RÍTIMAS
ENTRE OUTRAS SUGESTÕES...

POIS NAS CONSTRUÇÕES  ESSENCIAIS DO SABER
NADA QUE SEJA NÍTIDO OU NOTÓRIO,
POIS EM MIM UM EMBLEMA DE FACE
UM ENCONTRO MÚTUO DE OUTRAS PERCEPÇÕES...
PARA QUE DEIXANDO EM BRANCO,
NAS ARESTAS,
NO QUE ESTÁ EM ABERTO...

NÃO RECOBRIR
NÃO FALAR
NÃO NOTAR
NÃO ADORNAR NENHUM ESMERO...

POIS EU PRESENCIEI OS LIMITES
INÓCUOS E PARALELOS DAS SABEDORIAS
E NÃO TIVE VONTADES
DE PROPAGAR ÀS FORÇAS DOS VELHOS ANCIÕES,
POIS ELES ERAM APENAS SÁBIOS,
QUE RESGATARAM O MÁXIMO DE SI E,
SOLITÁRIOS PERMANECEM A SABER,
QUE NÃO DEPENDEM MAIS DE SI.

E A VIDA OS DEIXOU ENTRE OUTROS FRAGMENTOS,
SEUS CORTEJOS VERBAIS E DIALÉTICOS
RECOBREM O MUNDO DE CORAGEM E,
DESAFIAM AS METÁFORAS
A SE SENSIBILIZAREM POR UNIDADES,
QUE JÁ SE COMPLETARAM SEM FIM...

ZÉDU DÁVIDA 16/01/13