terça-feira, 26 de janeiro de 2016

os inocentes...

me abandone como um cão sem dono...
no meio da rua...
ou num beco sem saída...
faça tudo o que quiser de mim...
mas ouça tudo o que não
é capaz de ouvir...
sou o silencio que grita
na voz intrépita de seu coração...
sou seu veneno ardente e suave...
que te envolve e que te entorpece...
faço tudo aquilo que voce
precisa e merece...
me olhe prfundamente...
como que ve as dimensões...
profundas e envolventes do mar...
me olha...me aquece...e me esquece...
por todos os lugares...
que vivo , que passo...
por simples prazer...
porque nada mais faz diferença...
nos lares, nos bares, na cama...
sou apenas um cão vadio...
abandonado e sedento...
ao relento dos mares...
voce sabe...
que apenas sei viver...
sorrindo, ou sofrendo....
por amor...
sou o cão vadio que te ama ...
e te protege de todos acontecimentos
sórdidos e banais dessa vida...
e que não espera por nada...
vivi seguindo um destino achado...
encontrando brechas para te ver...
como um sonho de fantasias...
ilusões sinceras...
que já merece ter fim...
mas voce deve lembrar de tudo...
para pode esquecer...
e me deixar no deserto...
nas miragens de seus pensamentos...
amor...
amor me esqueça...
me abandone de vez...
já está ficando tarde para a gente se entender...
vou voltar para rua...
aonde meus olhos encontram...
algo que sei que preciso
e não mereço...
mas toda essa solidão...
me faz pensar...
que só posso te olhar...
te acompanhar e te admirar...
mas nunca te amar...
pois um cão vadio, como eu...
vive a margem do que voce precisa sentir...
mas voce não é tão inocente e puro...
também...
por sorte, mais vagabundo do que eu...
a rua é nossa janela e horizonte...
mas não vou falar por nós dois...
porque ... a vida só se dá pra quem se arrisca...
apenas inocentes detalhes...
que fazem seu coração
pular a garganta....
e lembrar  de mim...
como um cão sobrevivente de tudo...
bordejando livre pela vida...

domingo, 24 de janeiro de 2016

sempre demais...

eu fiquei pensando...
o quanto já vivi...
eu fiquei pensando...
que de tudo já fiz...
mas continuei pensando...
eu me entreguei a um vazio...
eu arrisquei tudo...
eu perdi todas as promessas...
mas eram minhas verdades...
que importam mais em mim...
do que tudo...
que não preciso saber...
eu sei que viver é uma entrega...
mas meu coração...
já não respira mais...
por nada...
eu fiquei pensando...
que a liberdade é um prumo
mais sagrado de seguir...
as vezes, vivo sozinho...
por estradas de caminhos sem fim...
mas , as vezes,
vivo a sorrir...sem perceber
que a felicidade habita
em meu paladar...
tem dias de sorte...
que preciso descobrir...
em outros lençóis...
ou num horizonte de luz...
mas sempre sem voce...
sempre eu apenas sei...
o que vivi a cada noite...
tem dias que me despeço
de tudo e de todos...
como um ato de coragem...
e de não saber lidar...
com meu vazio...
porque não ha ninguém
que compreenderá minha dor...
eu me entreguei a um vazio...
para me esquecer...
na escuridão da noite...
onde as estrelas brilham...
e brilham...cada vez mais...
eu sei ...
que é apenas mais uma noite...
de entregas e prazer...
mais uma noite...
sem voce...
eu sei que voce...
olha em meus olhos e sabe...
que eu vivi demais...
mas voce nunca saberá...
que nada é demais...
quando voce não esta aqui...
me cobrindo ...
e me conduzindo...
para o paraiso das estrelas...
ou a um lugar comum...
eu andei pensando...
que não sei parar...
mas nada ...
vai acontecer essa noite, meu bem...
porque eu me entreguei demais...
a essa dor de amor...
chamada voce...
todos os dias...
eu vou viver... algum dia, sim...
e me esquecer de tudo...
e de voce, também...
e parar de pensar...
que as cousas vão mudar...
porque quem vai mudar...
sou eu...

domingo, 17 de janeiro de 2016

frágeis limites...

conheço bem suas palavras...
conheço  bem o vazio...
dos dias desses...
pouco me importa
se vai me deixar...
beirando a solidão ou a amargura...
espero que me deixes...
não sei sonhar sem ti...
nem vou procurar o que precisas...
não há razão que me faça
despedir da solidão...
voce sabe falar com as mesmas palavras...
doces e amargas...
e mesmo assim...
a vida continua a brilhar....
conheço  bem o céu das venturas...
e o que se perpetua...
o amor é invisível aos nossos olhos...
que precisam de profundidade pra crer...
mas ao viver me esqueço...
por onde parei...
mas pouco me importa  querer...
já sei que o mar é um princípio
de coragem para quem
se aventura na sorte...
e um grande lamento...
para quem precisa seguir...
seus belos horizontes...
voce se foi ...
além de qualquer procura...
já não há mais tempo de lamentar...
sua partida...
mas que seja assim...
um  adeus nunca tem hora para chegar...
mas quando toca me o coração...
já não sei mais...
por onde ir...
já me parti ...por todos os pequenos pedaços de mim...
na esperança de poder fazer algo...
sobre o que já não se pode mais fazer...
eu conheço muito bem...
os caminhos diversos da vida...
os sabores e as faces ocultas
que um dia existiram...
aqui...
mas nada será igual...
e mais nada será tão importante...
que seus divinos olhos verdes...
que cobriam minha vida de luz e paz...
na ardencia inconstante da paixão...
refletindo tudo em nós...
e nos fazendo semelhança...
nos espelhos d´água...
construindo nossos sonhos...
nos castelos frágeis de areia...
para navegarmos...rumo ...
a eternidade do infinito...
conheço muito bem o que preciso...
mas pouco me importa saber...
voce partiu primeiro...
e meu coração já é frágil demais...
para acreditar...
sentir...
e dizer...
que preciso sorrir...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

por onde não sei...

andei perdido...
no vazio de minha própria existencia...
a pensar que tão só
estou a caminhar...
no deserto das ilusões...
sei que a vida é passageira...
e tão efemera é nossa exatidão...
que já não existe mais...
mas se tu és os sonhos meus...
e nosso sonhos são tão nossos...
de lugares diversos...
a nos encontrarmos num relicário
de paz e calmarias...
mas já não me basta estes dias...
intermináveis de solidão...
e de saudades inifnitas...
na promessa de encontrar...
os olhos teus...
tão perto dos meus...
me fitando sobre a face do horizonte...
claro de esplendor...
procuro me esquecer...
de tudo...
procuro, talvez, algo que
não sei...
sem nenhuma importancia qualquer...
para que o tempo alegre o viver...
já, tu... meu sonho...
meu divino...minha alegria...
nostalgia de meus dias de verão...
preservo seu amor no
sagrado coração valente...
de sorte e de coragem...
a te sentir eternamente...
na infinidade de tudo...
o que se há de viver de bom...
para poder sorrir...
e seguir em frente...
mas o que carrego no peito...
é apenas um sorriso frágil...
e sincero..
que se entrega a sorte, sempre...
e um fardo pesado...
que a fantasia inebria...
a vontade de trazer a luz...
tudo o que precisa enxergar...
e toda claridade febril que
o sol ilumina e que ainda resiste...
em saber que voce...
vai voltar...
ou me abandonar de vez...
sem dizer adeus...
a tudo o que a vida tem a nos viver...
e eu necessito de ti...
como quem precisa dos astros das estrelas...
a respirar...
as verdades universais da vida...
no destino do amor...
e nos braços da paixão...
não sei para onde vou...
mas não quero sofrer em vão...
talvez, a vida não deixou
escolhas pra razão...

seguindo o rumo...

fui longe demais...
demais...
demais...
por voce...
por voce...
por crer...
talvez...
em algo que nunca existira...
em algo que nunca terá fim...
no sentimento...
mais sublime de ser...
que faz feliz...
que faz triste e solitário...
repleto de saudades...
e de dor...
e voce nunca vai saber...
o quanto andei...
o quanto vivi...
nunca vai saber...
mas hoje eu decidi...
dizer adeus a voce
e a todos os detalhes...
pois o que me salta os olhos...
também ferve a pele...
por onde vou...
e sempre há quem me apoiar...
sobre os ares...
sobre os mares...
na curva indiscreta da esperança...
novos horizontes...
novos amores surgindo...
meu corpo fervendo de vontade...
a me entregar ao prazer...
sim, voce se foi...
eu tenho muito o que fazer...
mais uma vez...
eu aqui de novo...
sobrevivendo de mim...
traçando meus planos secretos...
a margem de nenhum erro...
e o que preciso...
tenho...
força...
garra...
vontade...
disposição de seguir...
o rumo do sol...
no destino da felicidade...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

sublimidade inexata...

o orgulho... o freio da sensatez...
cousas que estão porvir...
sorte do agora...
palavras sobre o tempo...
aurora estrelar ao anoitecer...
esperanças claras...
doiradas de vida...
esplendor sobre o horizonte...
paisagem afável...
mudanças de estações...
impermanencia d´alma...
aflorando cada ser ...
cada vez mais...
a se propor o que possa existir...
por que devo estar por aqui...
ao redor de tantos detalhes...
sobrevivo das mesmas cousas...
do mesmo alimento da terra...
dos mesmos medos e dores...
sofrimentos que já não me vale mais...
não posso mais desistir...
a estrada é o caminho de persistir...
não posso mais deixar
sobre outros planos...
razões que desconheço,
mais um dia...
sim...
eu vi ...
seus olhos brilharem como
as ondas verdes do mar...
imensurável vontade de sentir...
o amor...
sobre seu corpo...
desventurado sobre as alegrias...
mais sinceras...
não busco tempo...
nem espaço...
não me perco...
nem me acho...
não preciso de mais nada...
além da luz que me alimenta...
por todos os vestígios...
talvez, a vida, seja...
de mudanças e intemperes ...
talvez, a vida,
seja um sonho real e invisível...
talvez, a vida,
seja tudo ou nada...
tudo e nada...
ou talvez,
sejamos apenas palavras
doces de deus...
que precisam se encaixar...
e formar símbolos...
de um paraíso perdido...
ilusões nunca são tão preenchidas de substratos...
mas talvez, o amor..
seja e desconstrução de tudo...
talvez, o amor...
seja um grande oceano...
de profundidade de lágrimas...
preenchendo todo nosso corpo...
de emoção...
para nos levar a uma terra prometida
de encanto, paz, calmaria...
porém, eu...
ainda estou...
no lado esquerdo de sua face...
a lhe fazer pensar...
um pouco sobre a coragem...
de dizer sim  a vida...
e de embarcar rumo a sorte...
de todos os tempos...
e, enquanto voce vai...
eu me vou...
e juntos...
longe estamos...
na de deriva de tudo o que
permanece inexato ao paladar...
dos deuses...
que proclamam...
o amanhecer...
quando rompe a aurora...
e quando a ilusão acaba...
ainda restam os sonhos...
prometidos a mim e a voce...
sobre nossa face...
ainda vamos estar...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

LEMBRANÇAS PARTIDAS AO TEMPO...

O QUE POSSO DIZER SE NÃO SEI MAIS...
O QUE SENTIR...!??
SOLIDÃO JÁ NÃO MAIS ME IMPORTA...
TEM CERTAS COUSAS,
QUE JÁ NÃO MAIS SUPORTO...
MAS DEVO IR...
A VIDA É SEGUIR...
POR CAMINHOS A SE IMAGINAR...
JÁ ESTÁ NA HORA DE SONHAR...
NOVAMENTE...
O MUNDO PODE SER APENAS...
UM POUCO MELHOR...
QUERIA APENAS ACREDITAR...
MAS OS ESPELHOS FALSOS
DAS ILUSÕES OCULTAM
AS RAZÕES DAS MAIS SINCERAS...
VOU SEGUINDO A ESTRADA A SORRIR...
TEMPESTADES SÃO CLARAS E PASSAGERIAS...
SEI QUE TUDO IRÁ PASSAR...
NOVAMENTE...
ASSIM SIGO SÓ...
COMO QUEM PRECISA ACREDITAR E APRENDER...
JÁ PERCEBI QUE MAIS NADA
POSSO FAZER, AQUI...
COMO UMA MIRAGEM
NO FUNDO DAS RAZÕES HUMANAS...
QUE SEMPRE ERRAM PARA SABER...
O QUE SE HÁ DE FAZER...
TÃO CERTO SERIA...
SE APENAS O SOL ILUMINASSE
NOSSA FACE E NOSSA MENTE...
SOBRE A TRAGETÓRIA INFINITA DO TEMPO...
MAS AO ALEGRAR NOSSAS DÚVIDAS
AINDA ESTAMOS NA ESPERANÇA
DE APENAS CAMINHAR SOBRE
O PRUMO DO HORIZONTE...
ALÉM DE NÓS...
NÃO PENSO QUE O AMOR
SEJA APENAS TUDO...
MAS UM MOTIVO DE PENSARMOS
COM APRESSO POR TUDO
O QUE VIVEMOS, UM DIA...
LEMBRANÇAS, RECORDAÇÕES, RECORTES...
TUDO SE FÔRA...
QUANDO O MAR LEVOU...
NOSSAS EMOÇÕES...
E O CÉU PROCLAMOU NOSSA FACE...
DIANTE DA ETERNIDADE DO PARAÍSO...