quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

 Acordei por um certo acaso,deve ser milagre de Deus querendo despertar meu ser.Talvez,por isso,vendi todos meus pertences em busca de uma mais valia,mas havia um objeto sem preço,e,esse objeto era eu.Me senti confuso por não me dar um valor justo e exato,porém procurava por uma sensação, que me fazia acreditar,que tudo podia ser um engano,quando deitei meus olhos nas paisagens concretas do cotidiano trivial.Fui em busca de um papel amassado.Não vi notas nem recortes, apenas nomes de quem amei durante a vida inteira.Tudo estava registrado em minha memória.Eram homens,que me cortejavam com tantos agrados e interesses.Estava acostumado com o preço que pagava por isso,com o cheiro de liberdade percorrendo meu corpo.Sabe,agora,sou apenas um objeto útil e fácil de encontrar,pois percorro caminhos,aonde sei e posso chegar.deixo rastros,vestígios e faros intensos.Acontece,que estou ladrando as ruas em busca de uma inspiração e revelação, uma intensão de libertar palavras e vozes.Não me preocupo com absolutamente nada,me deito languidamente em qualquer espaço,e, ao olhar o céu esplendido,sinto prazer por estar nas mãos de Deus.Sou um objeto,que encaixa-se com todas as formas de vida de um poema de amor, porém meus versos exalam e ocultam as faces desses homens ordinários,o predicado dos desejos incríveis.Com isso, estou em fuga com os valores humanos.Não sei,realmente,como ainda não vendi meus sentimentos,pois preciso de um retoque total,de cousas estranhas,como um sonho louco,de sair de casa para gritar com meus pensamentos, me entregar à luz de uma falta de razão.Vejo seu corpo e o meu, juntos somos o mesmo objeto, mais interessante com muito valor...