segunda-feira, 4 de julho de 2016

É...

você ama,
enlouquece, ensurdece...
tenta desesperadamente amar...
se entregar...
mas não consegue...
esquece...
declama, proclama...
um amor às alturas...
aventura...
rua escura...
mas se esquece que
na vida não pode ser...
é, mas não é...
e assim,
os dias parecem intactos...
compactos...
para quem tem sentimentos...
no coração...confusão...
mas, não...
você atravessa as ruas...
à procura...
na minha...
na sua...
na lua...
na contramão...
sem perdão...
vai por aí...dizendo...
gritando, errando...
berrando...caçando...
tentando...
em desvario vital...
falando a todos...
que o amor e a linguagem dos absurdos...
é a voz dos insensatos corações...
coragem dos ímpios...
você diz...
diz tantas cousas levianas...
em sua forma profana...
porém agora...
tudo é cedo...
e tão tarde demais...
vive a contradição...
do ser e se desviar...
medo pueril de tentar...
amar...
colar...
na sonoridade do silêncio...
da vivencia de sua inocência...
desnorteado pelo destino...
a pensar que o mundo...
é um canto livre...
onde possa soltar seu pranto...
e em tudo em nós...
se fora a sois...
mas ó...
olha a vida que exalta...
olha a rua, a calada da noite...
em seus caminhos...
a estrada...
olha o sol...a luz...
olha a noite...a boemia ...
alegria, a nostalgia...
olha o encanto, a magia...
olha a sedução, o frenesi...
olha o espaço sem tempo...
o contratempo, a distancia...
as crenças, a esperança...
e perceba...
que apenas tudo...
sempre e, ainda que...
é cedo...dia dia...
para você chegar e surgir...
e invadir cada espaço...
cada registro entre nós...
entre a distancia que separa a saudade...
da alegria...
o amor e o desejo
que o amor seja maior loucura
viva em em nós...
é a vida...
é...

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