sábado, 9 de maio de 2020

estou preso insinuando a ordinária ambição,na mira das nuvens cinzas que aderem ao vento...seu rosto,o retrato marcado de uma sina marginal,meras lembranças...consumindo a esperança com os próprios dedos sujos demais...encurralei a resistência,brandura da tentação...na alegria depositei sorte ao meu gozo, território invadido por minha parte...escorreguei me nas letras,era meu papel principal...ar pagão, expectativas e promessas vencidas...me entreguei a fúria das notícias da tragédia inventada.implorei por prosa,me lancei nas profundezas esquecidas dos oceanos inopiosos ,era vida...demarcando o território do cativeiro das rosas, cativando o coração de fogo dos leões,para secar meu chão, com a poeira solta de um pum de um palhaço...conversas no café da tarde, reuniões em clima de alarde...senti amor no medo inocente, ganhei meu pão, fiz telepatia com seu corpo, mas o perigo era a armadilha que ecoava nas vestes talheres...bati na cara do segredo, revelei a intenção do engano, rasguei o ponto...parado na rua, almas e mentes, loucuras.. Dormir é um risco sigiloso...cotidiano selvagem, mel de migalhas na saliva, aspecto e embate natural...trancando chaves de poder,trancando as ruas, preservando soluções...problemas no pé, ao ler notas descartáveis dos jornais...o apreço sussurrando nos ombros,projetando o cinismo, alheios à dimensões... Relação fúnebre do contrato casual, contacto marcado nos braços acima de Deus, transfigurando poesia maldita, na norma culta, beijo selado num papel de guardanapo, o ar suspensivo do asfalto...palhaços e covardes propõem a orgia da depravação da incoerência, estuprando verbos e sujeitos simples com palavras insignificantes, sem nexo nem sentido, invertendo a moral. Faco de meu corpo um protesto,um grito que ecoo ao mundo..a dizer:FORA ABERRAÇÃO!

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