sábado, 12 de setembro de 2009

A Dama da Noite

É indispensável olhar para as esquinas,
quando o dia escurece.
A noite começa uma noite rotina.
São explorados a beleza, o pudor, as paixões...
o dia é uma eterna alegria,
a noite é fantasia...

Chega a hora primordial.
E, de repente,
está ela camuflada.
Impecável em seus trajes,
com uma rosa desabrochada em suas mãos.
Ela sente a fraqueza de sua carne,
que necessita pecar,
que precisa manter-se saciada de seu alimento.

Há essa hora do batente,
ninguém pensa em compromisso,
mas quando o dinheiro acaba,
não é o sofrimento que acalma.

Rodopiando seu destino,
buscando um novo caminho.
Não será a ajuda de quem cala.
Não terá a ´promesa de quem fala.

Agora, sei,
pelas ruas que passei...
Agora,
direi somente os trechos que lembrei.

Ninguém sabe a VIDA de quem não pulsa.
Todos culpam a gaiola de que não pertence.

Se fui à procura de uma razão,
como aprisionaram o coração?
Meus amantes sentiram mais fundo do que com suas senhoras.
Não sou o regresso do AMOR!
Não sou a máscara que perverte!

Quem procura,
se cala.
Não foi somente a mágoa,
que me fez consentir,
porém não irei mentir...
Essa foi a VIDA que tentei.
Essa foi a CARNE que provei.

Zédu, 16/03/05

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