ENTRE PAREDES

NOS VERSOS DA VIDA,
ENCONTRAMOS AS VESTES
DE NOSSAS FERIDAS,
ABERTAS A SABOREAREM
O PRAZER DA DOR
DE NOSSO SEMBLANTE...
SEMPRE ADVERSOS DE
BONS MOTIVOS
A EXALAR O AMOR
QUE EM NÓS PARTIU...

E VOCÊ,
REZA À MESA
FRONTE ÀS SUAS ILUSÕES
PÁRA E PENSA
EM ALGO QUE DEUS TE REDIMIU

MAS  NUNCA SEI A RESPEITO
DAS LEMBRANÇAS
REGISTRADAS EM NOSSAS
MEMÓRIAS CURTAS
POIS PERMANECEMOS
BÊBADOS E ALCOOLIZADOS
AO REDOR DE TUDO...

E AS PAREDES TÊM PELES
CRUAS, GELADAS E NUAS
A ENCLAUSURAR NOSSAS VERVES

E SEI QUE A VIDA,
TORNOU-SE O ALIMENTO DE TUDO
O QUE PRECISAMOS CONQUISTAR...

E ME DEIXE SÓ PELOS RETRATOS
DE TODOS OS ENAMORADOS
DO BAR,
QUE NOS SERVIU
OUTROS DRINKS...

POIS O AMOR
ALIMENTA OS VELHOS SONHOS
E A PAIXÃO
NOS CORTA O PEITO À ALMA
E TORTURA TODOS OS ADVENTOS,
DE QUE NUNCA MERECEMOS
DIZER,
SOBRE A POESIA QUE NOS CERCA...

ZÉDU FARIA 17/12/12