PÚBLICO...

JÁ ESTOU VENDO A SUPERFÍCIE TOTAL,
A MARGEM ESQUECIDA,
DO QUE NOS BANIU E NOS DOMINOU.
SÃO PÁSSAROS DE PAPEL,
SÃO RECADOS,
NOS OUVIDOS,
DE ALGUÉM QUE REFLETIU
O ACASO,
CORRENDO E SE PERDENDO,
DEIXANDO E SE ENTREGANDO,
Á QUALQUER MODO ENSAIADO,
INTERPRETADO PELAS RUAS,
ONDE,SEMPRE,
ANDO E VOU.
....
JÁ DOMINAMOS OS PENSAMENTOS,
RECEBEMOS A CONTRAPARTIDA.
SIM,
DEIXE ACONTECER,
ATÉ O SOL FERVER NOS OLHOS
E LAVAR NOSSA ALMA,
COMO QUEM NÃO SE IMPORTA
COM AS PROPORÇÕES
DE UM ENCONTRO SEM SAÍDA.
...
DE REPENTE,
AS LUZES DOS ESPELHOS
GRITAM NOSSA VOZ NO DESESPERO
DE PERMANECER
SEM NOME,
SEM DATA,
SEM LIMITE,
SEM LOCAL EXACTO.
...
SINAIS E ALERTAS,
AQUELE NOSSO PERIGO SINGULAR.
NINGUÉM MAIS VAI ENTENDER,
A PROMESSA DE UMA SIMPLICIDADE BANAL,
COMO UM VENTO SEM RAZÃO,
COMO UM PALHAÇO,
QUE DIZ COUSAS VIS,
SOBRE O QUE É O AMOR,
O NASCIMENTO DE ALGUÉM,
QUE NÃO SABE A GRANDEZA
ESPECIAL DE UMA ROSA,
EM UMA DOR,
FLUTUANDO PELO O QUE SE INTERESSA.
...
AS VIRTUDES FORAM FEITAS
PARA SE SENTIREM
O AROMA DE UM GESTO CORDIAL,
MAS VOU CONTRARIAR,
ADERIR E ATÉ ACREDITAR,
CONSENTIR SEM ESCOLHER,
NÃO DEFINIR NEM ME IMPORTAR
AO QUERER,
E,
NAS NOITES ME BANHAR,
EM SEU CORPO,
RESPLANDECER OS DESTINOS,
E ME PERDER,
MAIS UMA VEZ,
EM CADA PÉTALA DE FLOR,
EM CADA SINTONIA DE OLHAR.
...