ESSA PARANÓIA...

TENHO MEDO DE SER FELIZ,
DE DEIXAR AS COUSAS
SEGUIREM...
NÃO VEJO AS MARCAS
DO TEMPO
NEM O TEMPO FINAL...
ANDO MEIO PASSADO,
MEIO CORRIDO,
DEIXANDO TUDO SEM JEITO,
SENSÍVEL COMO UM ROSTO,
NO FRIO DAS ESTAÇÕES...
ACHO QUE AS FORÇAS
ESTÃO PERDIDAS NUM SONHO,
QUANDO MINHA NOTA
CANTA EM SUA CANÇÃO.
A NOSSA IRREALIDADE É UM ESPELHO,
QUE REFLETE POR TODOS OS LADOS
SOBRE  O QUE
SOBROU DE NÓS...
SIGO A DIREÇÃO DE MEUS
PASSOS MARCADOS,
DEIXO AS CONFUSÕES
POR TODOS OS LADOS,
DEIXO TUDO E,
AO DEIXAR, PERCEBO,
QUE APENAS EU MUDEI E NOTEI.
EXISTEM UM MILHÃO DE LIVROS
NAS PAREDES E,
MEU REFÚGIO É UM SENTIMENTO,
QUE DESPERTA À CADA MANHÃ,
RUMO À CONTEMPLAÇÃO DO SOL.
EXISTE SEMPRE UM NOVO RUMO
AO SEGUIR E PERSISTIR
PELA ESTRADA,
DE CARA LAVADA...
MINHA REVOLUÇÃO COMEÇA,
A PARTIR DO MOMENTO,
EM QUE DIGO,
ACABOU...
ASSIM, COMEÇO OUTRAS PERCEPÇÕES,
NA VIDA E, EM MINHA FACE.
EU JOGO TUDO O QUE
SOBROU DE MIM
EM VOCÊ...
PARA QUE SINTA A REALIDADE
CURVANDO EM SEUS SONHOS,
POIS NÃO TENHO MEDO DO QUE SOU,
SENDO QUE NÃO SOU UM IMPOSTOR,
TENHO MEDO EM PERMANECER INERTE
E VER O TEMPO PASSAR
COM AS VELHAS HISTORIAS,
SEM PONTO FINAL...
JÁ LARGUEI TODA  INSENSATEZ E AS CONTRADIÇÕES.
VOCÊ, SABE QUE É ASSIM,
QUE NOSSOS ESPELHOS TÊM
SUAS PRÓPRIAS RAZÕES...
DEIXO O MEDO DAS DORES,
PARA O JUÍZO FINAL...
E VIVO A FELICIDADE DO SER,
AO ME ENTREGAR AOS MEUS AMORES,
A TODOS OS ARDORES,
A TODOS OS CORTEJOS,
QUE ME FAZEM SENTIR
NA PELE,
UM POUCO MELHOR...