...ENTRELINHAS...

NÃO SEI O QUE
ME ENTORPECE,
OU ME ENVENENA...
OU O QUE ME FAZ
LEMBRAR DIAS, MESES, ANOS,
ATRÁS...
COUSAS QUE
NÃO VÃO MUDAR...
ESQUECIDAS NO ESQUECIMENTO...
SERVIDAS DE PASSADO...
DO SOL DE UM DESERTO,
OU NUM INFINITO
CÉU TÃO BELO,
AZUL E SÓ...
COMO AS TARDES DE VERÃO...
EU NÃO VOU ME LEMBRAR...
NEM DOS DIAS TRISTES
NEM DA FELICIDADE FELIZ...
EU ME DESPRENDI
DAS DÚVIDAS,
CONGELEI MEUS ERROS
NO ASFALTO E NO CONCRETO...
E AS CICATRIZES FECHARAM
E NÃO MAIS FALAM
POR NÓS...
SEM MOTIVO
QUALQUER...
E, AGORA,
O DESTINO
ABRIU MEU PEITO
DE CORAGEM E FORÇAS...
À SOMENTE...
SORRIR , CAMINHAR E SEGUIR...
E CAMINHANDO...
SEI...
QUE METADE DE NÓS,
É A LIBERDADE SEM FIM...
E EU PRECISO DE MIM...
VIVO POR MIM...
ALÉM DAS RAZÕES,
DAS SINTONIAS...
NOS ACORDES DE
UM TOM SINCERO...
NA SUBLIME FACE DE UM ENCANTO...
A RECORRER DA SORTE,
O MELHOR PROVEITO...
À DELEITE DE CADA INSTANTE,
EM QUE VIVO,
ASSIM...
ENTRE AS PÁGINAS VIRADAS
NO HORIZONTE...
AO DESPERTAR DE UM NOVO DIA...
AO SABOREAR  O LUAR E BOEMIA...
SOBRE AS NUVENS PASSAGEIRAS
DAS MIRAGENS...