VAI VOLTAR...



EU NÃO CONSIGO
EU NÃO SEI ENXERGAR ESSAS COISAS SIMPLES
QUE DÃO NOME À VIDA
QUE OUTROS POETAS FALAM
SEM PARAR...
EU NÃO SEI QUAL É O NOME
NÃO SEI NEM DE COMO CHAMAM
ESSA COISA DUVIDOSA DE AMAR...
MAS NÃO SEI PORQUE ME PEDEM
PARA RASGAR MEUS VERSOS,
PARA DIZER SEUS NEXOS
PARA PODER ENCONTRAR

NÃO HÁ RETRATO
NÃO TEM CONTATO
NÃO SEI COMO FALAR...
DESSAS COISAS QUE DÃO TOM NA VIDA
QUE COLOREM AS SEMELHANÇAS
QUE DÃO AR ÀS LEMBRANÇAS
DE QUE PASSOU...

EU NUNCA TENTEI
NÃO AMEI
NEM SEI FALAR...
MAS É SINCERO O QUE DIGO E,
NÃO TENHO ESMERO DE ME CONSTATAR...
E NÃO TENHO MEDO DE ME ENTREGAR...

POIS JÁ ENTREGUEI MEU NOME À VIDA,
JÁ REGISTREI MINHAS PARTILHAS
SEM ME PREOCUPAR...
E NÃO TENHO ESPERANÇAS
NEM GUARDO O CORPO ÀS LEMBRANÇAS
AO IMAGINAR...

PORÉM É TÃO CONFUSO,
POIS NAS MESMAS LINHAS
EU ME PERCO DE TODOS OS PENSAMENTOS
E ME DIVAGO SOBRE OS MOMENTOS
QUE NUNCA VOLTARAM E,
LEMBRO DAQUELE SEMBLANTE
PURO E INTENSO
FRÁGIL E REVIGORANTE
QUE ME OBSERVAVA
DE CARA LAVADA SEM ME PERGUNTAR NADA,
MAS NOSSO OLHAR SABIA
QUE TODO O DIA A VIDA IRIA NOS RESERVAR
UM TEMPO,
MAS PASSOU NOSSO MOMENTO
E NÃO IMAGINAMOS
NEM NOS PREOCUPAMOS EM NOS REMEDIAR...

EU TENHO DESEJO
E SENTI NO SEU BEIJO,
QUE TROCAMOS NOSSAS ALMAS
PARA NOS AMENIZAR...

MAS NÃO VEJO IMPORTÂNCIA
NEM ME LEMBRO DAS DISTÂNCIAS,
POIS AFINAL,
NUNCA SENTI,
SEMPRE VIVI COM SENTIMENTOS
E NÃO HAVIA NEM TEMPO
PARA COMPLETAR O QUE NUNCA PASSOU...

ZÉDU DÁVIDA 15/01/13