O PREFÁCIO

NÃO MAIS ME FALE,
EU QUERO OUVIR.
NÃO MAIS ME FALE,
ESTOU A SENTIR...
EU JÁ SEI DE TUDO
O QUE O QUE A PAAVRA FALA
E SE CALA!
NADA VIRÁ DO PORÉM,
ASSIM, COMO PASSOS EM BRANCO,
POIS SE A LINHA É UM DESENHO VERTICAL,
O CHÃO SE CURVOU ENTRENÓS

EU SEI,
DE QUE O OLHAR ADIANTE,
É A FACE O ROSTO E O SEMBLANTE.

É RARA
E BARATA
SÃO FLORES EM SILÊNCIO
E A VIDA TEM SEUS ERROS E,
AS PROPOSTAS DO ESCÁRNIO...

ÀQUELA HORA,
SEM COMPROMISSO.
ÀQUELE TEMPO QUE DORME
ÀQUELAS  NUVENS PASSAGEIRAS...

MAS EU DIRIA,
QUE NÃO EXISTE O MAR,
POIS O SAL SERÁ A DOR QUE ARDE E A COR ARREPIA...

PASSA COMO NÃO TER MAIS AO LADO E,
DE VOLTA COMO AS CORRENTES...
E ESCUTE,
O FIM...

FINALMENTE , AGORA,
O PORVIR EM TEMPOS DE OUTRORA,
QUE NÃO MAIS SE DIRECIONAM À VOCÊ,
COMO UM MAIS NENHUM...

PÁGINAS INDAGAM-SE
À NÃO QUERER SABER E
OS ANJOS...
OS FRUTOS CELESTES DE AURORAS
BRANDOS NAS VESTES,
QUE CURVAM OS DESTINOS,
ACOLHEM SOBRETUDO
A LIMPIDEZ SUTIL E ADORADA
AO FRUTO DO AMOR PERDIDO,
RECOLHENDO E RECOBRINDO
A ALMA DE NOSSAS NUANCIAS CARNAIS
E DISTANTES DE TUDO...

ZÉDU FARIA 28/10/12